segunda-feira, 29 de junho de 2009

Vou publicar!

Olá a todos os leitores do maluco! Tenho a felicidade de declarar boas novas a vocês: muito em breve o maluco publicará não um, mas três livros! Dois deles serão coletâneas de poesias daqui do site e o outro será de contos do blog rosa de pedra. Também estão sendo preparados uma novela e um livro com contos e poesias infantis. Os três livros logo vão estar no site www.clubedeautores.com.br e assim que estiverem prontos eu avisarei vocês. Os de vocês que forem mais atentos e estiverem seguindo o blog há mais tempo vão perceber que alguns posts foram deletados. Isso porque eles agora estarão esclusivamente no livro, ou seja, aqueles poemas não serão mais encontrados aqui no blog. Todavia, não pensem que vou parar a atividade por aqui, pretendo continuar publicando no Delírios de um Maluco Sadio, na medida em que for escrevendo novos poemas, então não desanimem porque não vou deixar meus leitores na mão. Bom, são essas as novidades e espero que estejam todos tão animados com a publicação quanto eu! Saudações!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Para sempre

Para sempre

Toda vez que estou contigo,
eu choro.

Eu choro a amargura profunda
de estar longe de ti.
Eu choro a tristeza destruidora
de não ouvir a sua voz.

Eu choro uma dor terrível,
terrível, terrível, terrível,
dor de não te ter comigo.

Eu choro uma ferida no peito,
eu choro uma chaga aberta
que chora sangue, que chora
a minha vida,
que me chora para fora de mim.
Eu choro um choro
de melancolia infinda.

Eu choro um gesto
de ser amado e compreendido.
Eu choro um olhar
de ternura, de carinho,
de olhar que quer o bem,
de olhar apaixonado com que te olho,
de olhar de amor com que me olhas.
Eu choro um abraço
apertado na eterna doçura de sermos dois.
Eu choro um beijo
que me dás no rosto,
no pescoço,
na boca,
no mais íntimo de minha existência,
na alma.

Eu choro uma alegria
que jamais em palavras
poderei expressar a ti.

Toda vez que estou contigo,
eu choro sorrisos.

Haikai de duas páginas

Haikai de duas páginas


Dizem que fazer

haikai não é pra dizer,

mas pra sugerir.


Cinco, sete, cinco.

São três versos que limitam,

tirano poema.


Mas de que me vale

essa escrita que se cala,

letra que não diz?


Palavra que morre,

de que me pode valer?

Futilidade.


Abismo de dor,

é profundeza sombria

um signo vazio.


Aberração, sim,

monstruosidade, horror,

é não se dizer.


Angústia terrível

de ter que em si se encerrar.

Quero me expandir.


Quero liberdade.

Quero o que quiser falar.

Efusividade.


Quero sem delongas

poder de toda palavra

servir-me liberto.


Quero assim poder

dizer com todas as cores

a minha visão.


Quero já abrir

meu coração revoltoso.

Declarar amor.


Esse sentimento

dizer com todo o meu ser:

eu amo você.


O cheiro verde,

consolo de tarde fresca,

da grama em teu corpo.


O nanquim escuro,

nesses teus belos cabelos,

é serenidade.


As lindas estrelas

do teu olhar mui profundo.

Nunca vi mais belas.


O toque macio

de lábios cor de carmim.

É um beijo doce.


Calor dum abraço,

terno unir de corações.

Ajuntar de almas.


Sensação tão doce,

misteriosa, é tal

esse amor que tenho.


Resposta que tenho

a dar por essa enorme

alegria em mim:


Por te amar assim

nasceu um sol, refulgente,

em meu coração.