terça-feira, 6 de setembro de 2011
Estante de Jogos
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Livro de Contos
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Poema de desculpas de um poeta ausente
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Um dia especial
Conto Japonês
Há muito tempo,
Muito antes do tempo do homem,
O universo era habitado
Por seres cuja natureza escapa
À compreensão da pequena mente humana.
Criaturas feitas de luz e majestade
Conviviam com os rudes elementos
De planetas, asteróides e cometas.
Tsukiyomi era um desses seres de poder imensurável.
Senhor das noites mais sombrias,
Era a mais forte luz
Da escuridão celestial.
Reverenciado e respeitado,
Errava pelos céus,
Livre e destemido,
Quando as pesadas pestanas do Sol
Cobriam sua luz divinal.
Tsukiyomi era então o mais forte,
Sonhador, boêmio,
Aventureiro do cosmos sem fim.
Mas Tsukiyomi estava cansado,
Cansado de vagar sem destino,
Perdido no escuro éter.
Algo faltava a Tsukiyomi,
Algo que ele não sabia dizer,
Algo que ele não conhecera
E jamais encontrara
Durante suas longas viagens
Pela imensidão sombria.
Em uma noite, entretanto,
Tsukiyomi teve seu passeio interrompido.
Sentada em um pequeno planeta sem nome
Estava Umi, donzela de longos cabelos negros
Em cujos olhos era refletida toda a profundidade do cosmos.
Tsukiyomi sentiu-se diferente,
Perdera a vontade de vagar,
Vontade de viver
As perigosas aventuras de galáxias longínquas.
O ente apaixonou-se pela delicada donzela
E dela não queria mais apartar-se.
Umi, percebendo o sentimento de Tsukiyomi,
Teve seu rosto ruborizado
Com a timidez de um amor inocente.
Ambos sorriram
E num movimento sincronizado
Tentaram dar as mãos.
Todavia, sendo Tuskiyomi um ente celestial
E Umi um ente terrestre,
O contato entre os dois amantes
Seria impossível.
A dor tomou conta
Dos dois corações.
Tanta tristeza sentiu Umi
Que um milhão de lágrimas derramou
Sobre a superfície de seu pequeno planeta,
Criando o que hoje chamamos de mar.
Tsukiyomi, não podendo ver sua amada em prantos,
Prometeu não abandona-la.
E para que os dois pudessem ficar juntos,
Desenhou sobre a superfície do recém formado mar
A sua imagem.
Umi contemplou com amor
O esforço de Tsukiyomi
E jurou permanecer naquele local
Para todo o sempre,
Esperando a volta de seu amado.
Tendo de se separar de Umi,
pois o Sol já abria seus olhos,
Tsukiyomi prometeu voltar na noite seguinte
Para os dois namorados
Ficarem juntos novamente,
Fazendo assim até os dias de hoje.
E foi assim que a Lua se prendeu à Terra,
E por essa razão seu reflexo surge todas as noites
Na superfície tranqüila do mar.
Assim, pergunto:
Quem medirá a distância?
E quem contará as horas?
Pois cada momento longe de ti
Me é como uma eternidade
Passada no frio vazio do espaço.
Nesses dias solitários, dias de dor e tristeza,
Penso em você, penso nos nossos felizes dias juntos,
Nos sorrisos, nos beijos, nos abraços cheios de ternura e amor,
E me encho de alegria.
Sua imagem brilha sobre mim
E me enche a alma de felicidade.
Não estou só
E posso enfim sorrir.
Seu amor me consola
Nos momentos tristes que passo longe de você
E me dá esperanças
Dos momentos felizes
Do tempo em que estaremos sempre juntos.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Guerra
Carros em chamas.
Fumaça subindo em colunas
negras monstruosas pelos céus.
Um helicóptero que despenca.
Um corpo que cai.
Sangue no asfalto
e nas mãos de um governo omisso.
Em pleno século XXI
Uma cidade no escuro.
Acesas apenas as janelas
dos olhos de cada um.
Um milhão de olhos
iluminando o escuro
de uma noite sem luz.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
18 aninhos
18
É, mais um ano ficou pra trás,
minha cara.
Mais um ano passou
e deixou sua marca
em você, em mim,
em todos.
Estamos sempre crescendo,
aprendendo,
mudando.
Estamos sempre ficando velhos
e não há nada
que se possa fazer contra isso.
E desse nosso passado,
dos felizes dias da infância,
das gloriosas aventuras da mocidade,
não sobra nada
além de uma doce e tenra saudade.
Eu me lembro de quando você
chorava, coitadinha,
bebê no berço que precisa ser amamentado.
Eu me lembro da doce e meiga criança,
japonesinha em miniatura,
que corria por entre as árvores
fazendo estripulias de menina feliz.
Jamais esqueço
de quando você, já jovem,
teve as primeiras angústias
da adolescência.
Não perco de vista
a sua dúvida,
a sua mágoa,
a sua tristeza,
muito menos a sua felicidade
e a sua alegria.
Eu me lembro de cada dia da sua vida
como se lembra de um sonho.
Um sonho que não se viveu
mas que se viu viver,
um sonho que tenho
desde o dia em que vim ao mundo,
este triste e frio mundo.
Eu me lembro do seu sorriso de menina,
eu me lembro do velho super nintendo,
do bomberman que você jogava com seu irmão,
das balas que você comia na venda do seu avô.
E apesar de estarmos juntos a algo mais que um ano,
eu me lembro do seu passado
como se fosse o meu.
E antes mesmo de te conhecer eu já lembrava,
já sonhava,
já cantava o seu nome
nas noites em que me sentia mais solitário.
Não tenho palavras para descrever
a alegria que senti
quando você abriu sua vida para mim
como um abraço que aconchega ternamente
um cansado viajante que finalmente volta para casa.
E sorrindo
penso no futuro,
no maravilhoso futuro que nos aguarda.
Penso em uma casa feliz,
em um casal feliz,
em uma família feliz.
Penso no sol brilhante
que nasce a cada manhã
brilhando dentro de nossos corações.
Penso no rosto
que ainda aparentando cansaço
mostra o sorriso
de um coração feliz.
Penso nas mãos
que ao final do dia,
saudosas uma da outra,
finalmente se juntam novamente.
Penso nos olhos,
janelas pelas quais se contempla
o mais profundo e puro amor,
se olhando com ternura
por toda uma vida e além!
Penso
nas dificuldades pelas quais passaremos,
nos dragões que enfretaremos,
nos gigantes que derrubaremos.
Penso, enfim,
na eterna felicidade de que gozaremos
apesar de todos os obstáculos que o mundo nos impõem.
Penso
em seus pequenos olhos castanhos
olhando meus grandes olhos castanhos
por todas as noites da minha vida.
E penso
na infinita alegria
e paz de espírito
que o teu amor
pôde concederme
finalmente.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Nem só de poesia vive o maluco
Em breve mais textos!
Fui!