1º
Eu vi uma lágrima cair
E se perder numa triste feição marcada
Pelo tempo e pela vida.
Eu quis fugir.
Eu desejei ir embora
Pra não voltar
Nunca mais.
Eu queria ficar longe de mim mesmo.
Mas um dia
Um doce, belo e meigo anjo
Pousou a mão sobre o meu rosto,
Beijou-me
E disse-me:
“Seja feliz!”
Uma menina pequenina,
Veio devagar, aos pulinhos,
Pegou-me pela mão,
Puxou-me com força,
Me fez correr livre pelo vazio que antes era eu
E me encheu de flores.
E se antes eu só enxergava como o mundo é vão
E vazio e negro,
Então pude admirar toda a cor que há nele.
E se antes eu só via como o homem é mau,
E rude e pobre,
Então pude ver como ele pode ser bom e gentil.
E se antes eu sentia que não havia nada para mim nesta
fria e triste existência,
Então eu soube que haverá sempre um sorriso,
Um par de braços num abraço,
Um afago
E um beijo,
E não quero nada mais.
Eu sorri,
Fiz alguém sorrir também,
E nada nunca me trouxe mais contentamento.
Então pude ser feliz
Vivendo uma unidade dupla deveras singular,
Estranha completude de ser dois
Chamada amor.
4 comentários:
Seu link já tá lá cara! Quando colocar o meu me avisa!
Até logo
Benjamin,
Adoro seus poemas.
Os meus são experimentais, nada sério nada pensado!
Abraços.
maluco sadio?!? Qúe isso, irmão?
Que lindo!
Beijos!
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