segunda-feira, 13 de abril de 2009

Eu vi uma lágrima cair

E se perder numa triste feição marcada

Pelo tempo e pela vida.

Eu quis fugir.

Eu desejei ir embora

Pra não voltar

Nunca mais.

Eu queria ficar longe de mim mesmo.

Mas um dia

Um doce, belo e meigo anjo

Pousou a mão sobre o meu rosto,

Beijou-me

E disse-me:

“Seja feliz!”

Uma menina pequenina,

Veio devagar, aos pulinhos,

Pegou-me pela mão,

Puxou-me com força,

Me fez correr livre pelo vazio que antes era eu

E me encheu de flores.

E se antes eu só enxergava como o mundo é vão

E vazio e negro,

Então pude admirar toda a cor que há nele.

E se antes eu só via como o homem é mau,

E rude e pobre,

Então pude ver como ele pode ser bom e gentil.

E se antes eu sentia que não havia nada para mim nesta

fria e triste existência,

Então eu soube que haverá sempre um sorriso,

Um par de braços num abraço,

Um afago

E um beijo,

E não quero nada mais.

Eu sorri,

Fiz alguém sorrir também,

E nada nunca me trouxe mais contentamento.

Então pude ser feliz

Vivendo uma unidade dupla deveras singular,

Estranha completude de ser dois

Chamada amor.

4 comentários:

Lucas Vallim disse...

Seu link já tá lá cara! Quando colocar o meu me avisa!

Até logo

P,J. disse...

Benjamin,

Adoro seus poemas.

Os meus são experimentais, nada sério nada pensado!

Abraços.

O maluco disse...

maluco sadio?!? Qúe isso, irmão?

Simone Santana disse...

Que lindo!

Beijos!